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quinta-feira, dezembro 23, 2004


O pior não é quando ele diz que vai ligar e não liga. Nem quando os amigos dele te colocam contra a parede porque ele não tem culhão pra fazer. Também não é quando ele se diz dividido, confuso. Menos ainda quando meninas quaisquer mandam beijos por telefone ou mensagens pro celular novo. O pior também não se resume a um não duvidoso, aos beijos fortuitos, às trocas de olhares infantis. Não chega nem perto das cosquinhas por trás da orelha, dos dedos correndo lentamente pelos teus cabelos, da posição quase fetal em que ele se encontra tentando se proteger de tudo. O pior mesmo é ele estar na tua frente e não entender teus pronomes.

quarta-feira, dezembro 15, 2004


É nessas horas que morar sozinha incomoda. Nessas horas antes de dormir desses dias em que tu resolveu ficar em casa porque tem toneladas de trabalhos pra fazer. Tem barulho de gente por todos os lados, mas não é gente tua, não é tua mãe pedindo pra baixar o volume do som, não é tua irmã perguntando o que dar de natal pro teu pai, não são os teus cachorros quebrando o pátio, nem teu gato brigando com outros. É gente desconhecida, gente que bebe na casa ao lado, gente que se pega no pau na vilinha de trás, galo que canta de hora em hora, carros que passam o tempo todo. Mesmo estando bem no meio de uma agitação absurda, nessas horas eu me sinto sozinha. Mas não é um sozinha que dói, sabe? Me sinto como uma abelha que não foi espantada de um refrigerante. Pronto, agora virei uma abelha. Como se não bastasse ser uma tatuíra... ah, mas que mania que eu tenho de descontrair quando o assunto fica sério. Mas é que, embora eu tenha dito tudo isso, estou feliz, entende? Estou gostando bastante de mim. Espero que outras pessoas pensem o mesmo, mesmo que you know I'm such a fool for you. Porque é isso que tenho sido mesmo. Até estava gostando do meu novo papel, mas vejo que ele não vai durar muito tempo. Já estou com coceiras. Não nasci pra ser boa moça. Beh. Não mesmo. Pois então, my dear, trate de se resolver logo, viu? Porque o trem está passando e tu não vai conseguir pegar ele. Não que isso seja uma ameaça, embora pareça, é só uma conclusão da noite de hoje. E será que a noite de hoje vai propiciar novas conclusões esquisitas? Veremos.
Por ora, ouçam linger e chupem seus ossos. Ou os ossos dos outros. Whatever.
Nervermind.

segunda-feira, dezembro 13, 2004


Já que hoje completo uma semana sem dar as caras por aqui, resolvi mandar sinais de fumaça.
Primeiramente, gostaria de esclarecer a conversa sobre tatuíras. Tudo surgiu de uma viagem mal planejada, marcada de última hora, com uma colega. Como o México era impossível por falta de condições monetárias, acabamos optando por Jurerê. Entre as exigências da colega, estava a obrigação de comermos camarão. Entre as minhas, catar tatuíras. Entretanto, a querida colega me ofendeu dizendo que não queria fritar as tatuíras para depois comê-las. Ora, eu jamais comeria tatuíras, sou defensora ferrenha. Por este motivo, a viagem foi cancelada e desde então, tenho tido brigas homéricas com a tal colega, com direito a comentários em blogs e alfinetadas em público.
Mas já chega de falar em tatuíras. Um segundo fato relevante é que agora não terei mais um celular da Claro para reclamar, nem terei que forçar um certo alguém a trocá-lo por um da Vivo. Porque sabe como é, Vivo pra Vivo é quase de graça. E o meu é Vivo. Também não terei mais quem me ensine a cozinhar e nem quem se deite de frente pra mim e cutuque o meu nariz. Se foram os dias preguiçosos e as passagens infindáveis na casa de amigos e idas à zona sul. Acabaram também as crises absurdas de ciúmes e, informo aos meus, que aos poucos estarei voltando a conviver com vocês. Até porque vocês, amiguinhos, são o que há. E eu senti falta das piadas, das cutucadas, das verdades que só amigos dizem e das besteiras que só vocês conseguem inventar, incluindo a viagem mal planejada lá de cima.
Enfim, meus namoros e afins diminuíram o tempo básico de três meses para um. Não que isso me deixe feliz, é só uma constatação. Devido a tantos altos e baixos, decidi voltar a tomar meu remédio, parei mais uma vez de beber em dias úteis e redescobri uma pessoa do passado que, na verdade, nunca deixou de ser presente.
Anyway, voltei a viver. E, apesar dos contratempos, posso dizer que estou feliz. Não sei de que forma, mas estou. Ah, se estou.

segunda-feira, dezembro 06, 2004


* Má Educação não é essa bomba que andaram dizendo por aí, viu? Acho inclusive que a crueza do filme é ponto positivo e não "o grande erro" do almodóvar. Tudo bem que não foi o melhor filme dele, mas não me decepcionou tanto assim. Deixem os grandes tropeçarem em paz.
* A companhia no sarau elétrico estava melhor que o próprio.
* Estou de luto porque o blog de uma amiga morreu.
* Com a proximidade do fim das aulas de Português III, aos poucos me volta a vontade de escrever.
* Morar sozinha é uma merda quando ainda não se cresceu o suficiente. Grandma, take me home!
* Um viva às tatuíras.

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