pela vida que te espreme, te empurra e te sufoca vencida pelo cansaço das palavras não ditas
sexta-feira, outubro 22, 2004
O pôr-do-sol na minha janela é lindo, lindo. Vocês deviam ver. O céu vai ficando rosa e umas nuvens vão dando voltas nos prédios que começam a acender luzes porque pessoas chegam e a claridade sai.
Não, não tenho fumado maconha. Não gosto.
Me mudei. Agora posso dizer que tenho um apartamento só meu. Só com minhas coisas e manias espalhadas pelos cantos. Ainda falta muita coisa por aqui. A sala está quase vazia. Aguardo o sofá. Também devo comprar umas cadeiras para garantir assento pros amigos. O quarto está prontinho, completinho. Só falta decorar. Ah, também falta espelho no banheiro, secador novo, gato arrebentando os fios do computador. Mas essas coisas podem esperar um pouquinho. Devo atender necessidades básicas nos primeiros dias de casa nova e, assim que possível, parar de comer em pratos descartáveis, visto que a louça ainda não foi comprada.
Nesses últimos tempos aconteceram tantas coisas em tão pouco tempo que é impossível falar tudo. Resumindo: briguei com minha mãe pra sempre até a semana que vem, revivi namoros, arrumei problemas, bebi demais e meu aniversário acabou em tragédia, as usual. Antes fosse exagero. Mas é isso aí mesmo. E eu que costumava crer que aos 22 anos estaria bem mais madura, estável, simples, tranquila. Besteira. Continuo agindo por impulsos, odiando e amando pra sempre até a próxima ligação, ocupando minha cama com roupas que não são as minhas, ficando muito feliz e muito triste em pequenos intervalos de tempo.
Pois é, fiz aniversário e nada mudou. Agradeço aos amigos pelas vergonhas que me fizeram passar, pelos melhores presentes e pelas maiores declarações de amizade. Amo vocês. E amo minha cama nova.
Ihhhhhhhhhrrrrrrrrrrrrrruuuuuuuu.
