<$BlogRSDURL$>

domingo, maio 30, 2004


Acabo de descobrir que minhas coceiras infindáveis são efeitos colaterais do meu novo amiguinho. Pelo menos não tenho naúsea, vertigem, tremores, tiques, pronúncia desarticulada da fala, alucinações visuais ou acústicas. Não tenho, certo? Ou não tenho ainda?
Enfim, continuarei me coçando.

terça-feira, maio 25, 2004


Acabei me passando no sábado lá na casa da Mly. Devo me desculpar com essas duas meninas, duas amigas, duas grandes amigas. Sim, vocês duas, Mly e Julia. Eu com minhas poucas doses permitidas e vocês tentando controlar o impossível, tentando controlar a vocês mesmas mesmo com a enorme quantidade de álcool nas suas cabecinhas. E eu não esperava, não imaginava que vocês iam lutar tão bravamente com o que tem aqui dentro.
Mly procurava copos nas minhas mãos, quando não os arrancava violentamente. Julia ali, sentadinha na escada, fingindo que ia embora e cuidando pra ver pra que lado eu ia, com quem eu ia, o que faria. Pequenas e doces pestes que eu adoro muito. Agora que minha guerra se estendeu também a vocês, acho que é hora de dar um jeito mesmo. Deixem comigo.
Ah, e foi ótimo cantar no videokê. Quisera eu me lembrar melhor das músicas.

quinta-feira, maio 20, 2004


A letra de Lua de Cristal é linda. Fantástica. Genial.
E podem me jogar pedras.
Eu não gosto da Xuxa, ok? Não gosto da voz dela, não gosto do jeito dela, não gosto das decisões dela. Mas nem por isso Lua de Cristal deixa de ser excelente. Aliás, devia tocar na próxima chinelagem.
Sugiro a vocês que cantem e dancem essa música incrível. Nem que seja em um bar com videokê e umas cervejas na cabeça. É diversão garantida.

sexta-feira, maio 14, 2004


Se nos teus olhos eu não tivesse encontrado a estabilidade que procurei por tanto tempo, juro que seria mais fácil. Seria mais fácil passar por cima dos meus erros, te mentir com um sorriso cínico, te beijar como se nada tivesse acontecido, como se nós não tivéssemos acontecido. Mas não. Tu não permitiu minhas mentiras, tu negou meu conhecido descaso, tu me tirou a certeza de que eu nunca mais ia ser feliz.
Eu tenho medo de ti. Me assusto com a facilidade que tu tem em me entender e me desculpar. Me assusto com o jeito que tu me olha e arranca o que eu tanto tento esconder. E tu ri da minha cara de idiota porque tu sabe que por trás dos meus olhos existem muito mais coisas do que eu mesma ouso saber. E tu sabe dessas coisas e disfarça só pra não me deixar sem jeito. Só que sem jeito tu me deixa de qualquer forma. E o mais engraçado de tudo isso é que eu não me importo de ficar sem jeito perto de ti, não me importo de ficar com medo dos teus olhos grandes e claros. Porque o teu jeito de olhar me cativou, o teu jeito de se importar demais com quem não merece me fascina, mesmo que às vezes eu te diga que tu devia ser mais egoísta. É muito bom sentir essa humanidade toda que desponta por todas as partes do teu corpo. E é muito ruim perceber que eu não mereço uma só lágrima tua, que eu não mereço nem um dedinho do teu pé. Tu é bom demais pra mim e tu me provou que eu posso enxergar além da escuridão indo ao teu encontro. Tu me tirou do poço que eu cavei pra mim mesma só com o teu sorriso bobo, com as tuas mãos grandes balançando, com o teu jeito de andar desengonçado. E o pior é que tu nem percebeu isso.
O que eu queria mesmo era agradecer por tu ter entrado na minha vida agora. Queria que tu soubesse que tu faz tudo certo e que tu devia parar de achar que faz tudo errado. Tu tem que entender que os erros da nossa história são e serão só meus, que as pedras no nosso caminho são colocadas por mim, que as vezes que eu olho pro lado não é pra procurar alguém mas sim porque nem sempre eu tenho coragem de te encarar. Não te esquece que tu me assusta. E eu estou adorando isso.

terça-feira, maio 11, 2004


Ora, ora, vejam só quem está mais alegre e sorridente! Ora, ora, vejam só quem está mais lenta e com um sorriso artificial! Sim, sim, sou eu, caros amigos, de volta ao mundo dos vivos. Venho por meio deste informar-lhes que saí um pouco do poço e ainda não tropecei. Verdade que essa voltinha que estou dando no mundo dos mortais fingidos é resultado da ação de psicofármacos, mas quem se importa? Tudo é química e tudo é neurológico. Um viva à doce Magda e suas doses homeopáticas de paciência para com essa que vos fala. E um viva também ao meu novo amiguinho.
Ah, já ia esquecendo: parei de beber!
E agora vou ali dormir. Seja muito bem-vindo, saudoso sono!

domingo, maio 09, 2004


E eu finalmente perdi. Perdi feio. A derrota que eu tanto almejei finalmente aconteceu. Aconteceu depois de um ano de idas e vindas, de brigas e acordos, de tentativas frustradas de recuperar o morno. E acredite, era o que eu precisava. Estou feliz por perder. E não é pra entender mesmo. Não se dê ao trabalho, caro leitor.
E agora eu vou ver se volto a dormir em paz. Se não for pra sempre, que seja pelo tempo suficiente pra passar a dor, a raiva e o nojo. Te quero feliz! Acredite. E a tua felicidade depende da minha distância. E é por isso que eu vou pra onde tu não pode me encontrar. Não vou mais seguir teus passos porque tu já te machucou o suficiente, porque eu já te destruí o suficiente. Chega de ligações nas horas de Bukowski. Tu não vai mais me ver pedindo clemência. Eu não vou mais me deitar no teu peito pra chorar. Esse teu peito que agora não pertence mais a mim porque eu não quis quando tu me ofereceu ele. E agora eu perco por escolha própria. Sim, sim, era o que eu precisava. Ah, se era.
Aproveita a tua vida já que eu destruí aquela que tínhamos em comum. Seja feliz em uma outra cama, aproveita esses braços que não são mais os meus, goza de um novo jeito, ri de outra forma, olha com novos olhos. Quem sabe um dia nos encontremos por aí, num desses bares da cidade. Quem sabe um dia choremos abraçados. Eu me sentindo culpada e tu, eternamente triste. Tudo por causa da vida que poderíamos ter tido e que não tivemos por imprudência minha. E é por essa vida que poderíamos ter tido que eu me afogo, que eu me mato um pouco mais a cada dia, que eu te procuro sem sossego, mas que quando tu aparece eu fujo.
Pode ter certeza que em nenhum dia dos anos que me restam eu vou deixar de pensar em ti. Em nenhum dia dessa vida miserável que eu escolhi pra mim eu vou deixar de te amar. Porque tu foi tudo pra mim e vai ser sempre. Me perdoa por ter tirado a tua alma e depois tê-la jogado fora. Me perdoa por ter arrancado o teu sonho e a vida tirada de capítulos de livros que tu ansiava ter. Não somos mais Kurt e Courtney, Sid e Nancy. Agora somos Caio, somos Hilda. Não temos mais estrelas de Hollywood, encontramos a dura e verdadeira face dos filmes europeus. Porque era deles que a gente gostava, lembra? E é como eles que acabamos.
Seja feliz por nós porque eu não sou mais capaz de nenhum sorriso verdadeiro. Talvez tu também não seja, mas tenta. Eu confio em ti porque eu te amo.

quinta-feira, maio 06, 2004


Não sabia que tanta gente pisava na mesma calçada suja que eu. Ainda não decidi se devo ficar alegre ou triste com isso.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?